GeoPotencial MANGUALDE
Potencialidades Geográficas
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
RISCO
A teoria do Risco foi apresentada primeiramente em Saint-Valéry-Somme, pelo Professor Lucien Faugére (1990), no encontro sobre "Riscos Naturais, Riscos Tecnológicos. Gestão dos Riscos, Gestão das Crises", tendo sido organizada pela Universidade de Picardia e com o alto patrocinio da UNESCO. Esta Teoria foi extremamente bem apresentada e fundamentada, sendo um marco importante para quem se debruça sobre Riscos, a partir desse momento muitos foram os autores que, escreveram sobre o assunto, inovando e completando esta Teoria, mas por vezes a falta de a conhecimento sobre a matéria ou mesmo pela completa negação da Teoria levou a uma controvérsia que, hoje felizmente se dissipou mantendo-se ainda alguma resistência na abordagem de alguns conceitos. A identificação, a caracterização e a avaliação metódica dos Riscos Naturais, Tecnológicos e Mistos que, condicionam a segurança das comunidades são passos fundamentais para o Ordenamento do Território.
Existem três tipos de Riscos, Riscos Naturais; Tecnológicos e Mistos, os Naturais caracterizam-se pela actividade dos fenómenos naturais sobre a passividade do Ser Humano, os Tecnológicos caracterizam-se actividade Humano sobre a passividade da Natureza e os Mistos caracterizam-se pela actividade Humana que exacerba os fenomenos Naturais, assim o Risco resulta sempre da presença do Ser Humano, o seu grau é tão maior quanto maior for o nível de exposição aos fenomenos, para que se compreenda melhor, o Risco resulta do Hazard que se traduz como uma probabilidade de algum fenómeno poder ocorrer, mais a Vulnerabilidade que se traduz no nível de exposição do Ser Humano aos fenómenos, nessa medida o Risco é a probabílidade de um fenóme poder atingir o Ser Humano estando sempre presente.
Quando o fenómeno se manifesta passa-se para o Perigo (Manifestação Plena do Risco), deixa desta forma de ser uma probabilidade para uma manifestação efectiva, se atingir pessoas pode originar uma Crise. A Crise pode ser medida consoante a magnitude do fenómeno, o Incidente é o nível mais baixo da Crise, consiste num episódio repentino que reduz significativamente as margens de segurança sem, contudo, as anular, apresentando apenas potenciais consequências, o Acidente é o nível seguinte caracterizando-se como um acontecimento repentino e imprevisto, provocado pela acção do Ser Humano ou da Natureza com danos significativos, mas com efeitos limitados no tempo e no espaço, susceptíveis de atingir pessoas e bens, o Desastre é um acontecimento súbito, inesperado ou extraordinário, concentrado no tempo e no espaço, provoca prejuízos severos na vida dos indivíduos, afectando as principais funções da sociedade em determinada área, a Catástrofe é o antepenúltimo nível da Crise, é um acontecimento repentino e extraordinário sem restrição no espaço e no tempo, embora abale as estruturas de socorro e as instituições de apoio, respondendo precariamente ás sulicitações, coloca á prova os modelos e os planos previamente estabelecidos e repensalos em alguns casos. A Calamidade é o último nível e o mais severo de todos, é um acontecimento inesperado e extraordinário, prolongando-se no tempo e no espaço indeterminadamente, as estruturas de socorro e as instituições não conseguem responder, podendo mesmo estas perderem a sua capacidade de resposta, pode provocar um elevado número de vitimas e prejuízos económicos elevados, é necessário reavaliar os modelos e repensar toda a estrutura de prevenção e socorro.
Os Riscos são hoje um dos principais temas para um desenvolvimento sustentável do território, a segurança individual e colectiva consiste na harmonia entre o Meio e o Ser Humano, identificando as áreas de Risco e as Vulnerabilidades a ele inerentes, é necessário estabelecer uma cultura de Risco para minimizar as consequências.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
ONDAS DE CALOR
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVFDgXe7CryD4OPscWJvpZ0Ar9CiYSkn67K4LRzNlKt7WM2yqMlXq_1OIQ6UBQba_e68VOFjX-SYWh0WZVd-Aua1GM4k8PMvnm6h0uXneZC148RmgDd2I-0ihRLZmEL-iQSzcXO_Un6Vw/s200/CAlor.jpg)
As Ondas de Calor são fenómenos extremos que em Portugal ocorrem na época estival, o aumento da temperatura tem para o ser humano um impacte muito forte na sua qualidade de vida.
Só se pode considerar Onda de Calor quando a temperatura é superior à temperatura média máxima durante 6 dias, só assim existe uma Onda de Calor, não obstante surgem dias muito quentes muito superiores às temperaturas médias, mas como não se prolongam tanto pelo tempo não são considerados Ondas de Calor, toda a via são igualmente preocupantes. Nos climas mediterrâneos como o de Portugal, as Ondas de Calor são frequentes no Verão, normalmente estão associados a Anticiclones que se situam no Mediterrâneo e que pela sua circulação em sentido retrogado transporta massas de ar muito quentes e secas provenientes do Deserto do Saara.
A fisiologia humana tenta regular a temperatura e a forma mais eficaz é a transpiração, esta é essencial para a manutenção do equilíbrio térmico humano, sendo por isso que nestas ocasiões é fundamental beber bastante água para o corpo não desidratar, a curiosidade é que as Ondas de Calor são mais nefastas no inicio do Verão (Junho) do que no fim (Agosto) isto provalvelmente se deve a uma adaptação fisiológica progressiva às condições climáticas das diferentes épocas do ano.
As faixas etárias mais vulneráveis são as crianças e oas idosos, nestas situações a vigilância ter de ser redobrada, para evitar a entrada em stress hídrico destes dois grupos de Risco, para isso é necessário uma constante hidratação, evitar o esforço físico, procurar sombras ou áreas climatizadas, não ingerir bebidas alcóolicas e outras práticas capazes de dininuir a temperatura corporal.
As Ondas de Calor aumentam em muito o Risco de desidratação, MANTENHA-SE ATENTO!
terça-feira, 27 de julho de 2010
CLIMATOLOGIA (Introdução)
A cidade de Mangualde possuí um clima marcadamente Mediterrâneo, Mesomediterrâneo atenuado segundo o Índice Xerotérmico de Gaussen, possuí Verões quentes e secos (Junho, Julho e Agosto) e Invernos frios e Húmidos, chovendo principalmente nos meses de Outubro, Novembro, Dezembro e Janeiro, a humidade oscila ao longo do ano, passando de 75% em Dezembro para os 55% em Julho (valores médios). O mês mais frio é o mês de Janeiro e o mais quente é Julho, a predominancia dos Ventos é de NE aproveitando a inclinação de 0,75% em direcção a Coimbra NE-SW (Plataforma inclinada da Beira Alta).
CLIMATOLOGIA URBANA
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLRVJ3B7fBDBSi2bFriwc7UDEZsK3R546SnR_Z2c8CcZ4KLgBPXq8TYM77f1NQCWGzM91ZDxhiK61UOT7zIgJm1IGSgY1x66x0bR3wipHSbf9M72qlwgXY2dwyFF1KQ5ChBLJRczuv24M/s200/vento.jpg)
À muito que o Homem se tem vindo a preocupar com os impactes climáticos negativos, e em tirar o máximo partido dos elementos positivos subjacentes ao clima. Desde a História da Antiguidade Clássica que, se tem vindo a pensar nas cidades e no seu planeamento em relação às condições climáticas envolventes, e nas que resultam da própria dinâmica que a cidade gera, já Marcus Vitruvius arquitecto romano estabeleceu que, "o local ideal para a construção será uma colina pois é melhor para a saúde e livre nevoeiros e de geadas, a vertente terá que ser virada a Sul, longe de pântanos, lagos e litoral, as ruas principais deverão ter uma direcção intermédia entre a dos dois rumos predominantes do vento". As cidades e o Ordenamento do Território têm vindo a ser pensados à muito, o fascínio das cidades como um sistema aberto e complexo a fluxos de energia e massas de ar é algo que, tem movido pessoas, ciências e essencialmente conhecimento.
O clima urbano deve ser considerado como uma componente da qualidade do ambiente, portanto deve contrbuir para a qualidade de vida no meio urbano, a sustentabilidade da cidade é hoje uma utopia urbana (Mills 2003), assentando em dois factores, a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a redução dos impactes sobre o ambiente, assim o clima urbano afecta directamente o bem estar e a saúde dos cidadãos, podendo ser encarado como conforto ou desconforto bioclimático. A qualidade do ar e o ruído são os aspectos enumerados na problemática da climatologia urbana, sendo que os elementos atmosféricos com maior influência térmica para o Homem são: a temperatura do ar, a Humidade atmosférica e o Vento (complexo térmico), estas variáveis vão contribuir de forma decisiva para a precepção do conforto bioclimático, numa primeira fase a nível individual e numa segunda a nível colectivo, acarretando custos essencialmente energéticos, pois em Mangualde o desconforto bioclimático está directamente relacionado com o frio, logo será necessário mais energia para o aquecimento.
A cidade de Mangualde é caracterizada por uma dicotomia rural/urbano muito marcada o que, a torna muito peculiar, os diferentes usos do solo e a diferença de altitude atribuem-lhe uma espacialidade diferenciada, com contrastes importantes para a escala em análise (mesoclimática).
A Norte de Mangualde o vale do Rio Dão revela-se extremamente importante para a dinâmica atmosférica, pois o vento predominantemente de NE e a construção da Barragem de Fagilde, teve como consequência ter uma maior capacidade de incutir uma maior humidade no ar na cidade de Mangualde.
Não menos importante é o Monte da Srª do Castelo para o clima urbano da cidade, a sua elevada altitude (628m) em relação à envolvente (500m/550m), assume um papel preponderante para a cidade, muito se deve ao arrefecimento do ar devido à altitude, que pela força da gravidade escoa pelas vertentes dando origem a movimentos catabáticos, provocando dessa forma o arrefecimento das áreas envolventes. A mata dos Condes é essencial para manter o equilíbrio sistémico e bioblimático da cidade, pois a vagetação principalmente a arborea tem a capacidade de criar uma amenização das variáveis climáticas, dininuindo as amplitudes térmicas, o flanco sul da cidade tem uma ligeira inclinação para SW, isso faz com que os raios solares tenham um maior ângulo de incidência provocando um maior aquecimento do território. Apartir da interpretação do clima a uma escala maior poderá encontra-se um local mais favorável para uma maior qualidade de vida, é importante um planeamento sensivel a esta questões.
WIND CHILL
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimCxxDpXpf8YWQ_WmrlVKoQGZzphhZx_jHOI4O5yZPZEHlBW04pc04h0TKySpRAM8-RHbH_caRvan2L7INOz6o2LITR6sVMtkRzn5neqeMIo6E91fr_Vr1j0UVH6EXdf4YRoYwbJ3X3Wc/s200/wind+chill.jpg)
O dia 21 de Dezembro de 2009 foi escolhido devido às suas características peculiares, como já foi dito a predominancia dos ventos é de NE, mas como toda a regra tem excepção o vento em Mangualde também, quando no Inverno o tempo está nublado ou chove é porque temos uma circulação atmosférica de SW que, transporta massas de ar húmidas do Oceano Atlântico fazendo com que se aproximem superfícies frontais de Mangualde. Nesse sentido escolhemos o dia 26, quando temos este tipo de circulção no Inverno as temperaturas médias sobem, isto se deve ao aumento da humidade do ar e à contrarradiação que faz com que a atmosfera fique mais saturada, diminuindo desta forma as amplitudes térmicas.
O calculo do Wind Chill é o resultado de uma formula matemática que, relaciona o vento e a temperatura, este calculo é extremamente importante para conhecermos a temperatura aparente, ou seja, para conhecermos a temperatura que verdadeiramente sentimos.
Assim estabeleceram-se três pontos, todos eles a cotas diferentes criando três degraus topográficos aos quais se atribuiu os seguintes nomes (da menor cota para a maior), Estação CP, Centro da Cidade e Srªdo Castelo, todos estes pontos tinham uma vertente sul, para que não ficassem sobre efeito de abrigo. A hora registada onde a temperatura foi mais baixa foi às 18h:00min, registando-se 9,5ºC na Estação CP, 9ºC no Centro da Cidade e 8,5ºC na Srª do Castelo, não havendo diferenças significativas entre os três pontos, o vento registado foi de 5km/h para a Estação CP, 6,5km/h para o Centro da Cidade e 28km/h para a Srª do Castelo, denota-se o facto de com a maior altitude a temperatura baixa ligeiramente e o vento aumenta significativamente, aplicando a formula do WIND CHILL podemos calcular a temperatura que realmente sentimos às 18h:00min nos diferentes pontos de observação, toda a gente já sentiu que quando está vento no Inverno sentimos mais frio (desconforto bioclimático), e que no Verão sentimos uma sensação mais agradável (conforto bioclimático), assim podemos saber e medir qual a diferença no desconforto bioclimático do dia 26 de dezembro de 2009 ás 18h:00min nos três pontos, na Estação o WIND CILL calculado era de 9ºC, não havia um vento significativo pois é o ponto entre os três com a cota mais baixa, logo tem um menor grau de exposição á intempérie, no Centro da Cidade o WIND CHILL calculado foi de 9ºC também aqui o vento não se fazia sentir com grande intensidade, muito devido á morfologia urbana da cidade de Mangualde, a Srª do Castelo devido á sua exposição e altitude registou -1ºC de WIND CHILL, é realmente uma diferença considerável num espaço de alguns quilometros, assim é possivel ver que a variação de uma das variáveis climáticas pode ter efeitos e impactes significativos na qualidade de vida das populações, reflectindo-se no desconforto bioclimático de cada um e mais tarde num desconforto colectivo.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
IMPACTES CLIMÁTICOS EM GIRABOLHOS
Com a maior evaporação haverá um acréscimo da humidade, a amplitude térmica por sua vez diminuirá, pois a temperatura máxima diminuirá devido ao aumento da absorção, e a temperatura mínima aumentará devido á diminuição da irradiação, desta forma criar-se-á um microclima mais ameno, aumentado a possibilidade de um maior conforto bioclimático na área da futura Barragem.
O vento também sofrerá alterações, sendo previsivel um aumento significativo com as diferenças de temperatura entre o espelho de água e a envolvência da albufeira, este facto criará um centro de altas pressões sobre o espelho de água, e uma baixa pressão térmica na envolvência havendo deste modo trocas de fluxos do positivo para o negativo, gerando-se brisas com alguma importância.
A precipitação também poderá sofrer um aumento significativo, como consequência do aumento da humidade e posteriormente da evapotranspiração, igualmente será o aumento da frequência dos nevoeiros, em situação inverça as geadas terão tendência em diminuir bem como a formação de gelo.
O vento também sofrerá alterações, sendo previsivel um aumento significativo com as diferenças de temperatura entre o espelho de água e a envolvência da albufeira, este facto criará um centro de altas pressões sobre o espelho de água, e uma baixa pressão térmica na envolvência havendo deste modo trocas de fluxos do positivo para o negativo, gerando-se brisas com alguma importância.
A precipitação também poderá sofrer um aumento significativo, como consequência do aumento da humidade e posteriormente da evapotranspiração, igualmente será o aumento da frequência dos nevoeiros, em situação inverça as geadas terão tendência em diminuir bem como a formação de gelo.
Variáveis climatológicas actuais
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnNIYJRX2Ue1kpFaIZvHgIwAEsUu0gYB8i2b5RAdAtEsWwvrOv3O-lEKePZmdw1OOVnHSAk5-fHAQnXG8g7L78QuGIbZwVDM6JBQkM2eC9h7wlfTYrdQFO20x5SmuOmaCep-l2SniYZyU/s200/Temperatura.jpg)
Aumento da Radiação Solar
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5LKImfSyIKfcqlluIZFtKdZU0YptEu55O5AXhro1UHfwS8Hydq4OMQXH3Zzv2oeSdKFS_t7Gqv85jOneSeXJOgPn0Mx6tYbJEySrZj2_9tR8c1nuUx0uR0kfKlNI31IPCGVaP6uxcVPo/s200/insola%C3%A7ao.jpg)
A construção da Barragem de Girabolhos e a criação da albufeira a ela associada terá como consequência um aumento da humidade, devido ao acréscimo de radiação solar sobre o espelho de água, esta situação resulta do aumento da cota do plano de água e da diminuição do efeito de sombra que o vale proporcionava.
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